você é tímido?

você é tímido?

só sente timidez quem sente medo de se mostrar como realmente é: uma obra incompleta.

NA GAVETA

1. Para começar o dia dançando!

2. A única opção é não parar de caminhar.

3. Quero fazer esta receita.

4. Um recado para você!

5. Esta série é para maratonar.

POV

Sabe qual é a essência da timidez? Um medo de que as pessoas te enxerguem pelo que você verdadeiramente é: uma obra em progresso, imperfeita.

As pessoas que sofrem de timidez disfuncional — ou seja, aquela que prejudica suas relações e sua capacidade de se mover no mundo, de agir — são aquelas que têm medo de que a máscara de perfeição, a imagem intocável e superior que criaram para si, seja desmanchada e desmascarada.

As pessoas mais tímidas são, muitas vezes, aquelas que tentam manter uma pose o tempo todo. E, pense comigo, há algo muito fácil de concluir nessa história toda:

• Dá para se relacionar profundamente com alguém se você tem medo de que essa pessoa conheça quem você realmente é?

• Dá para criar intimidade se você não permite que alguém te veja sem máscaras?

Não dá — e isso causa um sofrimento profundo. Isso cria dinâmicas disfuncionais na vida de quem não tem coragem de assumir suas falhas — falhas que, no fundo, todo mundo sabe que existem. A questão é que há uma sutileza importante aqui:

Você ainda não é perfeito — e o melhor para você, para o mundo e para as pessoas ao seu redor é reconhecer isso, para poder agir de forma eficiente aqui e agora.

• A timidez só existe quando há uma pose para esconder aquilo que realmente se é.

• A timidez só existe em quem ainda não assumiu uma existência autêntica e não quer se dar o trabalho da busca por evolução. Em vez disso, prefere posar como se já fosse — e, assim, recusa a realidade, a forma atual e imperfeita que convocaria a mudança e a ação.

Encarar a essência da timidez, confrontá-la e, em certa medida, desprezar tudo o que ela desperta e provoca em você, é uma forma de se instaurar na realidade.

Ou seja, reconhecer-se na sua forma real hoje, permitir que o mundo te veja assim também — e, a partir disso, sentir a necessidade de mudança e evolução. É isso que, verdadeiramente, irá te tornar alguém mais feliz, mais forte, admirado e amado.

Com uma mente sã e mais amadurecida, você será capaz de dar mais amor, servir e ser útil, porque abraçou quem realmente é, aceitou o que está e escolheu trabalhar com isso.

Você precisa se confrontar, sim — com o incômodo de não ser perfeito, de as pessoas não te verem dessa forma. Não há nada de errado nisso.

O incômodo é parte da vida humana, mesmo que nossa sociedade o condene e tente aboli-lo na vida contemporânea.

— @Sarinha

DESAFIO DO DIA

Pouco mais de 70% dos que votaram (268 pessoas) na enquete da edição anterior (02/10) disseram ter conseguido tirar 30 minutos do dia para fazer algo que simplesmente gostam. Abaixo, alguns comentários:

Vamos ao desafio de hoje…

Faça alguma coisa que você sempre morreu de vergonha de fazer e veja o que acontece.

FILOSOFANDO

É curioso pensar nisso: vivemos acelerados para “ganhar tempo”, mas, na prática, é essa pressa o que mais nos faz desperdiçá-lo.

O motivo é simples: quando você está sempre correndo para o próximo ponto, não vive direito o caminho até ele. E o tempo que deveria ser aproveitado vira uma corrida, num ritmo tão acelerado que você acaba se perdendo.

A pressa nos dá a ilusão de eficiência, mas o que ela entrega é, muitas vezes, superficialidade.

• Relações rápidas;

• Leituras pela metade;

• Conversas sem escuta;

• Decisões sem reflexão.

No fundo, o tempo que tentamos economizar com a pressa acaba sendo o mesmo que nos escapa por não termos vivido de verdade. Olha que loucura! Por que fazemos isso?

O antídoto é viver com atenção. Porque é só quando há presença que o tempo realmente deixa de ser perdido.

— @Gabi

DESABAFO

Não coloque essa carga em si mesma. Esse papel de “elo da harmonia” pode até ter começado como um instinto bonito — querer ajudar, querer evitar conflitos —, mas ninguém pode carregar esse peso.

Na verdade, ninguém pode — literalmente, por não sermos capazes mesmo — resolver o problema do outro. A verdade é que cada um precisa ser responsável pelos seus próprios problemas.

Quando você assume as questões dos outros, vai criando problemas para si mesma. Inclusive, toda essa ajuda às vezes pode atrapalhar o outro. Não abre espaço para que o outro amadureça, sabe? Ninguém pode mudar a vida de ninguém.

Comparar sua realidade com a “casa perfeita” dos outros só vai piorar a situação. Simplesmente porque você não tem acesso à realidade, ao que realmente acontece.

Agora, focando em si, é importante entender que você não controla a maturidade dos seus pais nem o ambiente em que eles escolhem viver. O que você controla é como se posiciona dentro disso.

Se o lar não te oferece paz, você precisa criar espaços — fora ou dentro dele — que sejam seus refúgios, sabe?

• Uma rotina de autocuidado;

• Um quarto organizado do seu jeito;

• Uma rede de apoio fora de casa.

E, principalmente, lembrar: você não é a sua casa. O caos que existe ali não define quem você é, nem o que você pode construir no futuro.

Um dia, você terá a chance de construir o seu próprio lar. E talvez essa falta que sente agora seja justamente a motivação para criar um lugar onde a paz reine. Aguente firme — e entenda que isso pode te fortalecer.

— @Gabi

LAST BUT NOT LEAST

RODAPÉ

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