superprotegidos

19/06/2025

superprotegidos

se você vive com medo de ser machucado de novo ou se frustrar, entenda o quanto antes: essas coisas não são nada além do que parte da vida.

POV

Ter medo de sofrer é um grande problema. Não é raro ouvir alguém dizer:

  • “Tenho medo de me entregar ao amor e sofrer de novo”;

  • “Tenho medo de aceitar essa nova oportunidade de trabalho e me frustrar”;

  • “Tenho medo de que as pessoas não me aceitem como eu sou”;

  • “Tenho medo de que me julguem”.

Vindo de indivíduos que convivem na era mais segura e pacífica que a humanidade já viveu até aqui — sem pestes, sem guerras mundiais, com uma medicina avançada e todo tipo de tecnologia à disposição —, poderíamos dizer que até se esperaria esse medo de sofrer e sentir dor.

Afinal, é um campo extremamente novo para a maioria de nós, que nunca passou por fome, destruição, doenças graves ou desamparo severo — e isso causa desconforto, inquietação e resistência.

Mas, se for capaz de furar um pouco a sua bolha, talvez perceba que não há como fugir dessa verdade elementar: o sofrimento é parte da vida.

Há mães que perderão seus filhos. E há acasos que irão tirar, cedo demais, os pais de seus filhos. Há quem precise lidar com doenças ou deficiências ao longo da vida. E há quem será traído, roubado, desconsiderado, demitido, machucado ou ignorado. Essa é a realidade.

  • Não buscar se fortalecer para estar pronto para encarar a realidade — seja ela qual for — e tentar enxergar algum sentido nisso é o que leva ao grande sofrimento.

Todos já ralaram o joelho. Todos já sofreram por amor. Todos terão um trabalho rejeitado. E nem sempre serão aplaudidos por todos, como fariam os pais superprotetores. E o que fazer com isso?

Aprender a lidar com a dor. Fazer as pazes com ela, resisti-la e superá-la.

Este é um dos caminhos mais seguros para a felicidade — em vez de tentar evitar as partes difíceis da vida.

Essa segunda opção é um tanto quanto imatura e pode prender o indivíduo em um mundo eternamente infantil, longe de responsabilidades, decisões e reflexões. Isso, consequentemente, não gera muitas realizações sólidas e verdadeiramente satisfatórias, nem desenvolve virtudes reais. Consegue perceber?

Essa segunda opção é um tanto quanto imatura e pode prender o indivíduo em um mundo eternamente infantil, longe de responsabilidades, decisões e reflexões. Isso, consequentemente, não gera muitas realizações sólidas e verdadeiramente satisfatórias nem desenvolve virtudes reais. Consegue perceber?

Gosto muito da frase: “É justo que muito custe o que muito vale”, pois nunca consegui pensar em nada a que ela não se aplique.

  • O produto mais caro, geralmente, oferece mais qualidade.

  • O trabalho mais exigente pode ser o que, de diferentes formas, mais recompensa.

  • O amor verdadeiro e eterno exige doação e sacrifício.

O que você quer receber da vida, se não está disposto a entregar nada? O que você espera sustentar, se não é capaz de resistir ao mínimo incômodo, dor ou desprazer?

Um espírito e uma mente forte podem, sim, tornar a vida mais leve. Lembre-se: seus arranhões até aqui deixaram, no máximo, uma cicatriz. E, com sorte e esforço, um aprendizado a mais na sua bagagem.

DESAFIO DO DIA

Quase 58% dos que votaram (343 pessoas) na enquete da edição anterior (17/06) disseram ter conseguido escrever uma carta de amor — seja para alguém, para uma fase ou até para si mesmos. Abaixo, alguns comentários:

🪄 “Quando a gente se senta para escrever, algo mágico acontece: as palavras começam a revelar sentimentos escondidos, guardados no fundo do coração sem que a gente percebesse. Muitas vezes, só ao colocar no papel é que descobrimos dores, saudades ou desejos que estavam ali, silenciosos, esperando um espaço para se expressar Escrever é como abrir uma janela para dentro de si mesmo.

❤️ Há anos não escrevia uma carta para o meu esposo — coisa que sempre fazia no início do nosso namoro. Depois de 7 anos juntos, uma casa, 7 gatos e uma filha, resolvi declarar meu amor de novo — e foi lindo. ❤️”

🙏 Fiquei refletindo: como estou solteira, para quem escreveria uma carta de amor? Como num sopro, meu coração respondeu: para Jesus. Escrevi a Ele, agradecendo por seu amor incondicional, que me alcança mesmo quando me sinto só. Ele me alegra, me sustenta, Ele é meu maior amor. E por Ele, sigo esperando com fé e esperança.”

E sobre o desafio da última edição: Você conseguiu questionar uma ideia que sempre repetiu automaticamente?

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Vamos para o desafio de hoje…

Entenda e anote hoje: O que te causa medo de sofrer?

Pode ser um primeiro passo para começar a enfrentar a coisa.

FILOSOFANDO

Tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas — escolher a atitude diante das circunstâncias.

Viktor Frankl

Esta frase foi escrita por um homem que sobreviveu a um campo de concentração nazista. Por isso, acredito que ela tenha tanto impacto e poder — pelo lugar de onde veio.

Viktor Frankl perdeu tudo: família, casa, profissão e identidade. Contudo, percebeu que, mesmo em meio ao horror, ainda havia uma escolha que ninguém podia tirar dele: a forma como ele reagiria. A dignidade interior. O espaço entre o que acontece e o que ele decide fazer com isso.

Isso muda tudo. A gente vive esperando que a vida melhore para então reagir melhor. Mas e se for o contrário? E se for justamente a forma como você se posiciona que transforma a experiência?

Você não tem controle sobre tudo, mas sempre controla como responde. É aí que reside sua liberdade mais íntima.

Há dias em que o mundo desaba. Mas, mesmo nesses dias, você ainda pode escolher o que cultivar dentro: rancor ou entendimento. Vítima ou criadora. Desespero ou presença. 

A sua atitude não é só uma reação — é a forma como você afirma quem você é. E essa liberdade, ninguém tira.

@Gabi

DESABAFO

Desde pequena, sempre fui tímida e vergonhosa. Pensei que era algo meu, mas recentemente percebi que foram situações que passei e desencadearam isso. Hoje, vivo pelo que os outros pensam, sem opinião própria, e sinto que perdi minha autenticidade. É aquilo que falam, né? A infância reflete na vida adulta. Não sei como lidar com isso, pois afeta muitas decisões importantes que preciso tomar.

Você tem toda razão: a infância reflete na vida adulta. No entanto, isso não significa que ela te condena para sempre — mas sim que ajuda a explicar.

O que você sente hoje não é "quem você é", mas o que você aprendeu a ser para se proteger.

Criança tímida muitas vezes não é tímida por natureza, mas sim uma criança que não foi ouvida, que aprendeu a não incomodar e que entendeu cedo que ser invisível era mais seguro.

O problema é que esse modo de sobrevivência cresce conosco. E aí, lá na frente, você se vê adulta, com escolhas importantes para fazer, mas ainda vivendo com medo de desagradar, errar e ser rejeitada — e isso paralisa.

Recuperar isso não é fácil. Mas é possível. Comece com pequenas escolhas:

  • Dê sua opinião, mesmo estando insegura.

  • Fique em silêncio quando não quiser concordar.

  • Vista-se do jeito que te represente.

  • Escute-se, sem precisar buscar validação.

Reconstruir sua identidade é tornar-se a mulher que a sua criança precisa que você seja!

Como se perdoar? Às vezes, guardo rancor de mim mesma por situações do passado em que eu acho que deveria ter agido melhor — de uma maneira diferente da que realmente agi. Tenho consciência de que o importante é saber que evoluí e não teria as mesmas atitudes atualmente, mas não consigo deixar todas essas situações no passado. Fico remoendo tudo e me arrependendo de não ter "acertado".

Perdoar os outros já é difícil, mas perdoar a si mesmo pode ser ainda mais desafiador.

Com os outros, ainda conseguimos dizer: “Fulano não sabia. Ciclano não queria machucar.” Mas, quando a cobrança é interna, a voz do julgamento parece ser ainda mais cruel.

Só que há uma coisa que você já percebeu: você não é mais aquela versão. E isso já é a maior prova de evolução.

Você só consegue se arrepender agora porque cresceu, amadureceu e se tornou capaz de ver com mais clareza. A versão de ontem fez o que pôde com o que tinha, enquanto a de hoje precisa parar de punir quem apenas tentava dar conta.

Remoer é uma forma de tentar consertar o passado sem aceitar que ele já aconteceu. Perdoar a si mesma é reconhecer que errar faz parte do caminho — e que o arrependimento não precisa ser uma prisão.

Ele pode ser um lugar de aprendizado. De humanidade. Afinal, há algo mais humano do que isso? Errar, arrepender-se e evoluir? Diria que estamos na vida para passar por esse looping algumas vezes!

Se você quer ser justa com quem é hoje, precisa ser gentil com quem você foi. Ninguém evolui odiando-se. Só nos transformamos quando aprendemos a abraçar a própria história — até mesmo as partes que não nos orgulhamos.

@Gabi

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NA GAVETA
  1. Impossível não dançar e sorrir!

  2. Escute bem esse trecho do podcast — é necessário!

  3. E claro, temos outro episódio na íntegra essa semana — sobre amizades!

  4. Série para maratonar no final de semana. Eu adorei.

  5. Você precisa experimentar esse café feito para beber sem açúcar… oficial do dênius tá?
    *dica de uma marca parceira.

LAST BUT NOT LEAST

Ligue, mande mensagem, fale que ama!

RODAPÉ

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