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quanto mais melhor?

28/08/2025

quanto mais, melhor?

bom dia. aprendemos que querer mais é sinônimo de ambição. que estar satisfeito é coisa de quem parou no tempo. mas e se essa busca infinita pelo “próximo passo” estiver nos impedindo de ser felizes?

NA GAVETA
  1. Se você anda reativo demais, sempre à flor da pele, assista a isso.

  2. Dei um diário desses de presente para uma pessoa especial — e ela amou.

  3. Esta música é boa demais! 🎶

  4. Livro incrível! 

  5. Pare agora e reflita sobre isso aqui.

  6. Qual é o nó emocional que tá te travando? Eu descobri o meu com esse diagnóstico.

POV

Quantas vezes você já quis mais?

  • Mais tempo

  • Mais dinheiro

  • Mais autoestima

  • Mais propósito

  • Mais crescimento

  • Mais alguma coisa

Parece que há uma insatisfação crônica pairando no ar, como se estivéssemos sempre à espera de algo acontecer para então sermos felizes — e quem hoje afirma estar bem ou satisfeito parece preguiçoso, desinteressado ou medíocre.

Olha que loucura: a busca por mais nos impede de ver o que já temos. Vivemos numa lógica de que nunca é suficiente, em que cada meta alcançada serve apenas de escada para a próxima. E, a cada novo degrau, sentimos o mesmo: um entusiasmo que passa rápido, seguido daquela sede por mais.

  • Queremos mais dinheiro;

  • Mais conquistas;

  • Mais reconhecimento;

  • Mais seguidores.

Mas… Quando conseguimos, já estamos de olho em outra coisa.

Imagino que você conheça a frase: A vida é uma eterna busca por ter… e o tédio de possuir. E como ela faz sentido. A conquista, por si só, não basta. Assim que ela chega, vem o vazio.

Essa lógica é especialmente cruel quando se trata de dinheiro. Crescemos ouvindo que precisamos ser bem-sucedidos — e sucesso quase sempre vem com um valor monetário embutido. Só que a régua vai se movendo. A ideia de ter o suficiente simplesmente não existe.

Existe até um nome para isso: gap de expectativa — o espaço entre o que é e o que achamos que deveria ser. É ele que suga o sabor das coisas, transforma um momento bom em “ok”, faz um corpo saudável parecer “normal” e uma relação segura soar “sem emoção”.

E o mais cruel é que o mundo lucra com esse buraco. A indústria do consumo precisa que você esteja insatisfeito.

O filósofo Byung-Chul Han afirma que vivemos na sociedade do cansaço.

  • Cansados de tentar preencher esse espaço infinito entre onde estamos e onde achamos que deveríamos estar;

  • Cansados porque nunca estamos, de fato, aqui.

Isso porque o bastante virou ameaça. Como se parar para apreciar o que já é fosse sinal de estagnação. Como se só fosse digno quem tem fome constante. Mas será que toda essa fome é sinal de ambição ou de ausência?

Tudo ao nosso redor parece nos dizer que precisamos de mais mesmo — o algoritmo sabe exatamente o que mostrar para você se sentir insuficiente.

As redes sociais criam um desfile infinito de vidas melhores, corpos mais definidos e carreiras mais bem resolvidas. E, inconscientemente, você compara o seu bastidor com o palco do outro.

No fundo, perdemos a capacidade de estar satisfeitos. Não no sentido de nos acomodarmos, mas de reconhecer — com gratidão e plenitude — o que já possuímos.

Satisfação não é desistência ou comodismo, mas presença. É conseguir olhar para o que se tem com honestidade e permitir-se sentir gratidão sem culpa.

Não significa que você não possa querer mais, mas que o “mais” não pode ser a condição para que o agora valha a pena.

@Gabi

DESAFIO DO DIA

Pouco mais de 85% dos que votaram (246 pessoas) na enquete da edição anterior (26/08) disseram ter conseguido escolher uma coisa simples de seu dia (uma conversa, uma tarefa ou uma pausa) e fazê-la com presença e intenção? Abaixo, alguns comentários:

🚶 “Andar na rua. Isso é algo que faço sem nem prestar atenção costumeiramente, mas quando comecei a reparar mais ao redor, nas árvores, no ar, no sol, no meu corpo se movendo — tudo isso faz uma enorme diferença. Me senti presente e viva!

🧘 “Eu consegui, finalmente, pela primeira vez na vida, meditar pelo período de uns 7 minutinhos, que foi o tempo de uma música que gosto demais e que ajudou a me concentrar e a "parar" o mundo ao meu redor. Foi ótimo!

🎧 “Tenho 83 anos — em novembro próximo faço 84 —, saúde boa para a idade, atento e aprendendo bastante com vocês, Sarinha e Gabi, desapegando dos males atuais: Celular, WhatsApp e outras mazelas modernas. Continuo ouvindo Nat King Cole, Louis Armstrong, nosso Chorinho, bem brasileiro, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho — e assim toco a minha vida.

E sobre o desafio da última edição: Você conseguiu escrever em algum lugar, em uma palavra ou uma frase, a resposta para a pergunta: Como eu gostaria de ser lembrado?

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

Vamos para o desafio de hoje…

tradução: grato por cada coisinha

Escolha uma área da sua vida — pode ser trabalho, corpo, dinheiro ou relacionamentos — e escreva 3 coisas que já são suficientes nela.

Releia em voz alta, respire e deixe essa satisfação te encontrar.

APRESENTADO POR VIZZELA

Já reparou na sua grama?

A comparação é quase um reflexo. A gente cresce achando que o que vem do outro é melhor — mais bonito, mais forte, mais confiável. E isso vai entrando em tudo. Inclusive na nécessaire.

Quantas vezes você já pulou direto numa marca gringa sem nem considerar o que tem por aqui? Às vezes, sem nem saber o porquê. Só foi.

Mas e se a gente mudasse o foco? Se, em vez de procurar fora, a gente começasse a enxergar o que está bem perto?

💄Tem marca brasileira fazendo barulho faz tempo. A Vizzela, por exemplo, tá há 6 anos mostrando que beleza pode — e deve — ter a nossa cara.

Vegana, criativa, colorida e consciente. Sem crueldade animal, com fórmulas que respeitam a pele e o planeta. E com um toque leve, divertido — tem até Pandacórnio no meio do caminho.

Sim, o que é feito aqui também tem qualidade. Tem afeto, tem intenção. E tem desconto: 15% off com o cupom RISING15, só clicar aqui.

FILOSOFANDO

O que te preocupa, te aperfeiçoa.

John Locke

É preciso aprender a agradecer também aos desafios, principalmente porque, ao homem contemporâneo, é vendida a ideia — e as ferramentas — para uma vida “fácil”.

São muitas as vitrines de estilos de vida impecáveis e inúmeras as oportunidades de obter prazer barato e imediato. Isso resulta em uma sociedade mimada, de crianças a adultos, que sempre têm uma reclamação na ponta da língua.

Tente prestar mais atenção ao seu redor e a você mesmo. Perceba o quanto do que sai da boca das pessoas são queixas — mesmo que sutis, sobre alguma coisa. Isso coloca o sujeito em uma posição de vítima e, assim, instaura um ciclo sem fim.

Nunca está bom. Sempre alguém — ou o mundo — lhe deve algo pela dificuldade que é viver.

A grande questão é que viver pode, sim, ser muitas vezes difícil. Vão existir decepções e frustrações, dores e doenças, desafios e erros.

Isso é, em certa medida, viver, pois somos ignorantes até que o caminho nos proponha aprender com a experiência. As preocupações irão existir e são, literalmente, um convite a evoluir de alguma forma. Reflita sobre isso:

O que mais te ensinou na vida até aqui? Provavelmente, não foi aquilo que não te colocou em desconforto nem te exigiu sair do lugar.

É preciso entender que a vida nem sempre será leve e fácil. Por isso, é necessário fortalecer-se — em mente, corpo e espírito — para reclamar menos e ser capaz de perceber que até os desafios e preocupações fazem parte do caminho.

No fim, é justamente isso que torna a vida melhor e nos aperfeiçoa como seres humanos.

DESABAFO

Tenho 43 anos e fui casado por 25 anos. Após o término do casamento, sinto que não consigo mais me aproximar afetivamente de alguém. No começo, acreditava que, por ter me casado muito cedo, era uma fase de curtição da vida de solteiro. No entanto, agora estou ficando preocupado.

Essa é uma questão profunda, e acho muito importante deixar claro que o espaço que temos aqui — ou as respostas que alguém pode te dar em stories e posts de Instagram — não é suficiente para abordar tudo o que isso toca.

Faça perguntas a si mesmo e observe os padrões que possam existir nessas suas dinâmicas:

  • Existe algo que sempre me faz me afastar de alguém?

  • O que me atrai e o que, de repente, se torna uma trava que impede um investimento mais profundo na relação com uma pessoa?

  • O que me levou a terminar meu último relacionamento? Como eu me senti com isso? Atualmente, há momentos em que ainda me sinto assim?

Percebe que não existe uma resposta pronta? É um processo que exige reflexão e dedicação. Mas o simples fato de você já estar atento e ter reconhecido que isso é uma questão revela um nível de consciência elevado. Só você pode descobrir seus porquês.

Com o tempo, pode ser que você também descubra que simplesmente ainda não encontrou alguém que despertasse algo verdadeiro em seu coração.

Veja bem: relacionamento é, sim, uma escolha. Muitas vezes, é uma questão de nos desprendermos das inúmeras exigências que criamos como pré-requisitos para amar alguém e, assim, aprender a aceitar, admirar e gostar de uma pessoa como ela é — e isso é lindo.

No entanto, não se engane: Também existe algo sobre o amor que não é tão racional assim. Portanto, deixe-se sentir exatamente o que sente em cada momento. Isso pode te conduzir ao lugar onde a sua razão e a sua vontade se encontrarão.

Ou seja: relaxar um pouco pode ser muito bom neste contexto todo.

Sempre ouço as pessoas dizerem que sou muito boa em tudo o que faço, mas não consigo internalizar e enxergar isso.

Ninguém é muito bom em tudo o que faz. Mentiram para você quando disseram isso — e talvez seja esse o motivo pelo qual você não acredite. No fundo, você sabe que não é verdade.

Veja bem: você se conhece como ninguém e entende melhor do que as pessoas o que realmente é capaz de fazer.

  • Ser e parecer são coisas diferentes. É mais fácil parecer, e pode até ser bom, já que os elogios e as bajulações são doces para o ego.

  • Mas SER é a tarefa mais difícil — e quem a julga é a nossa consciência, de quem não podemos escapar.

Talvez você saiba que realmente ainda não seja tão boa nas coisas em que gostaria de ser boa. E sabe o que há de errado nisso? Nada.

A vida é um processo longo justamente de trabalhar isso. Ter a humildade de reconhecer que ainda há espaço para aprender e melhorar constantemente é fundamental.

Primeiro, entenda no que você quer ser boa — e já adianto: não dá para ser em tudo. Então, escolha mesmo alguma ou algumas coisas. Depois, dedique-se de coração a isso, todos os dias.

Com o tempo, você perceberá sua evolução, seu compromisso e sua habilidade — é inevitável. E isso transborda e chama atenção — inclusive a sua.

Quando isso acontecer, você conseguirá internalizar, sentirá-se competente, confiante e, no melhor dos cenários, ainda manterá um coração humilde para reconhecer que sempre haverá espaço para melhorar.

Para as pessoas, é mais fácil formar uma ideia sobre nós a partir do que escolhemos mostrar. Mas você não pode fugir do que verdadeiramente É.

Por isso, focar em suprir as expectativas de ser boa em tudo pode estar tirando de você o tempo de realmente se desenvolver em algo e criar competências e habilidades tão reais que tornará a tarefa de duvidar de si mesma quase impossível.

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LAST BUT NOT LEAST

Você não está fazendo errado. Você está apenas na parte em que a maioria das pessoas desiste.

TIP OF THE DAY

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RODAPÉ

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