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nostalgia como armadilha

16/09/25

nostalgia como armadilha

bom dia. você já se perdeu em memórias que parecem melhores que o hoje? cuidado: o passado pode ser um espelho que distorce o que você vive agora.

NA GAVETA
  1. A vida é muito boa. ❤️

  2. Os conteúdos desta professora são ótimos. 💭

  3. Clichês são clichês por um motivo — e este livro é um exemplo disso.

  4. Para começar o dia com essa música deliciosa.

  5. Que vídeo fofo!

POV

Tem coisa mais doida do que sentir saudade de um tempo que, na época, você nem gostava tanto assim?

Parece que, quanto mais o tempo passa, melhor ele fica na nossa memória. Até os perrengues vividos parecem menores, né? É como se o tempo passasse uma espécie de filtro nas lembranças, tirando as partes ruins.

Essa é a nossa tendência de valorizar tudo — menos o agora. O presente, aquele mesmo que você está vivendo agora, ainda vai deixar saudade. Mas, hoje, você está ocupado demais — querendo mais.

  • Um trabalho melhor;

  • Um relacionamento mais intenso;

  • Um corpo diferente;

  • A validação de uma pessoa específica.

Sempre um pouco mais. Sempre um pouco além.

Inclusive, é por isso que filmes como Sexta-Feira Muito Louca 2 e O Diabo Veste Prada 2 estão aí: grandes produtoras já entenderam que nostalgia vende. E vende muito.

É um produto irresistível porque toca em algo que parece puro: a sensação de voltar no tempo e, por alguns instantes, sentir-se novamente naquele lugar seguro, naquele quarto de adolescente, naquele cinema da sua cidade e naquela versão sua que ainda acreditava que tudo era possível.

  • O que talvez a gente não perceba é que o “lugar seguro” não era só sobre a época, mas sobre quem éramos nela. Menos cansados, menos céticos e mais presentes.

Hoje, vivemos anestesiados pelo excesso de dopamina barata: feed infinito, novidades que duram um dia e séries que estreiam todas de uma vez para serem devoradas em um fim de semana. Esse fluxo constante de estímulos cria um novo padrão de prazer, tão intenso e artificial que nos deixa apáticos ao agora.

O presente nunca parece suficiente. O passado, sim, pois nele vivíamos com mais atenção — e atenção era dada quando dávamos valor.

Quando algo é raro, é precioso. Hoje, nada é raro. A música que você ama está a um clique; a série que você esperava o ano inteiro para ver já está completa, pronta para ser maratonada. Não há mais espera.

E aí que mora a ironia: enquanto tentamos reviver um tempo que já passou, estamos deixando escapar o único tempo que temos. Um dia, lembraremos dessa fase da vida — com todos os problemas e as coisas que você acha que são definitivas — e pensaremos: “Era bom, e eu não sabia.”

A nostalgia é boa, mas é perigosa se nos fizer acreditar que só o que passou é digno de ser lembrado. O que você vive hoje também é — mas só se você olhar com atenção, só se você estiver aqui.

Valorize o presente, pois daqui a dez anos, a sua vida de hoje pode ser exatamente o “tempo bom” que você passará a vida tentando reencontrar.

@Gabi

DESAFIO DO DIA

ouco mais de 67% dos que votaram (152 pessoas) na enquete da edição anterior (11/09) disseram ter conseguido anotar uma frase negativa que costumam dizer a si mesmos e transformá-la em algo construtivo. Abaixo, alguns comentários:

🧑‍💻“Trabalho com TI, e muitas vezes há uma tecnologia nova pra aprender. Às vezes, me pegava falando: mas é muito difícil, eu vou ter dificuldade. Sou lenta pra aprender. Troquei a frase para: pode ser difícil, pode ser que demore, mas não irei desistir até aprender.”

💪 “Tenho o costume de sempre me sentir menor e menos importante. Repito constantemente na minha cabeça: "Você não é suficiente" em quesito de esforço, presença e emoção. Mas, nesses últimos 2 dias, tenho reforçado que sou o suficiente para mim, e que eu sou tudo o que preciso para fazer o que é melhor para mim. Só quem pode me impedir ou me dar força sou eu mesma.

❤️ “Transformei um ‘Eu não sou uma pessoa carinhosa’ em ‘Eu posso não ser carinhosa na perspectiva de algumas pessoas, mas eu sou uma pessoa atenciosa e cuidadosa’, o que faz disso também um gesto de carinho.

E sobre o desafio da última edição: Ao identificar que estava prestes à criticar ou fofocar sobre alguém, conseguiu não o fazer? Ou, se o fez, conseguiu dizer pelo menos 3 coisas boas sobre essa mesma pessoa?

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

Vamos ao desafio de hoje…

Hoje, pegue um caderno e anote uma memória que você idealiza. Ao lado, escreva uma coisa do presente que te faz sentir-se vivo. Compare e sinta a diferença.

FILOSOFANDO

Agir é literalmente manifestar preferência por um conjunto de possibilidades.

Jordan B. Peterson

Agir é, literalmente, manifestar preferência por um conjunto de possibilidades. Percebe-se, portanto, que é sempre uma escolha? Até não escolher é, de certa forma, escolher — manifestar preferência por um conjunto de possibilidades.

O acaso sempre será um fator nessa equação. Em um conjunto de possibilidades, nada é certo; tudo pode acontecer. Isso faz parte do mistério da vida. Recebemos o que recebemos — e não sabemos exatamente por quê.

Alguns recebem mais; outros, menos, nem sempre por merecimento, mas simplesmente porque a realidade é assim: misteriosa e desigual.

Seria maravilhoso se todos partíssemos do mesmo ponto. Pensar diferente disso seria ingenuidade. Mas é igualmente ingênuo não aceitar a realidade como ela é: misteriosa, inconstante e imprevisível. E, mesmo diante do acaso, da sorte ou do infortúnio…

Ninguém pode tirar-nos a liberdade de escolher com o que temos em mãos.

A partir das circunstâncias que nos foram dadas (ninguém sabe explicar por que, tampouco tem poder para mudá-las), ainda podemos manifestar preferência por um conjunto de possibilidades e, assim, moldar o futuro e as novas oportunidades que virão com ele. E isso é lindo.

DESABAFO

Todo dia me pergunto por que é tão difícil superar um "quase algo" que terminou em um "ghosting". Estou passando por essa situação e, apesar de saber que é ego ferido, é muito difícil aceitar que aquilo não era pra ser. Parece que tudo gira em torno de poucas memórias criadas. Sendo sincera, após tantas situações assim, não desistir de tentar ter uma relação hoje em dia é quase impossível.

Será que é o ego ferido? Ou será que, na verdade, não se trata de uma questão de falta de clareza sobre o que você deseja e de dificuldade em aceitar a realidade?

Esse termo “quase algo”, hoje tão romantizado em canções e posts de Instagram, é uma ilusão — não faz sentido algum.

Você não viveu QUASE algo — você viveu algo. Houve momentos reais, não é mesmo? Houve uma troca real com alguém de verdade, certo? Então, sim, você viveu alguma coisa.

A questão é que esses momentos, essa troca, esse algo vivido não foi aquilo que você realmente queria e esperava. Foi QUASE como você imaginava, mas não foi. E talvez seja exatamente isso que você precise aceitar.

Você viveu algo, mas não era o que queria — talvez porque a pessoa com quem viveu não desejava o mesmo. Ou seja, vocês não estavam alinhados. Ou talvez outras circunstâncias não estavam.

Mas você viveu algo. Algo que não deu certo, porque não era como você esperava nem queria. E o que você pode tirar disso?

👉 Mais clareza sobre o que você de fato quer.

Você quer um relacionamento com alguém que também deseje isso com você. Talvez se apegue a essas ilusões de “QUASE” porque tem medo de assumir isso para si e para o outro — e, ao receber um “não”, ter que lidar com frustrações, adaptações e a dureza da realidade.

Mas é melhor se frustrar com a realidade — que é o único lugar onde você pode agir e construir — do que ficar preso a ilusões, que são coisas que não existem, tentando anestesiar a vida, que por vezes será dura mesmo.

Precisamos fazer as pazes com as frustrações. Elas fazem parte da vida. Se você se machucar de novo tentando encontrar alguém bacana, vai doer por um tempo e será horrível, mas esse sentimento passará.

  • Você vai se reerguer, como fez todas as outras vezes (“do chão não passa”), e terá ganho mais clareza sobre o que deseja e o que não gosta.

  • Com sorte, será menos propensa a se iludir e trabalhará mais com a REALIDADE do que com ilusões.

Digo isso com muito carinho: aceitar as coisas como são é a melhor forma de agir na vida e gerar a transformação que precisamos.

Portanto, para superar um “quase”, aceite o que ele de fato foi: uma experiência que não deu certo. Se enxergar isso, poderá escolher o que tirar dela: mais clareza sobre o que você realmente quer.

E isso nos deixa mais motivados e determinados a seguir em frente e ir de encontro não ao que QUASE queremos, mas ao que REALMENTE DESEJAMOS.

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LAST BUT NOT LEAST

Desejo a você uma boa volta para si mesmo.

RODAPÉ

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