mais intenção

11/12/2025

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mais intenção

talvez, para se tornar bom, você precise ser mais intencional do que pretensioso. afinal, as coisas tem uma ordem.

não dá para querer ganhar antes de se dispor a fazer o que for necessário.

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NA GAVETA
  1. Se você realmente quiser algo, terá que entender isso. 💡

  2. Este é um dos filmes mais bonitos — esteticamente — que eu já vi. 😍

  3. Vocês estão gostando das dicas de presentes de Natal? Contem para gente! Enquanto isso, aqui vai mais uma. 🎅

  4. Se você estava esperando um sinal pra recomeçar, talvez seja este.

  5. Um episódio para quem quer dominar a arte do desapego.

POV

tradução: “faça com intenção e não por atenção.”

Talvez o que você precise seja entrar em algo com alguma intenção, mas sem pretensão.

  • A intenção implica aquilo que está sob o seu controle: desejos, objetivos, disposição, vontade e valores.

  • A pretensão é o que você espera ao pensar em fazer algo: uma reação ou um fim planejado e idealizado, que molda sua forma de agir

Ou seja: a intenção é a força que impulsiona uma ação — proveniente do indivíduo —, enquanto a pretensão é um fim esperado que engessa o modo de agir, dependendo também do que é externo a você.

Consegue perceber que, enquanto a intenção se apoia em fatores conhecidos e controláveis, a pretensão envolve aquilo que será sempre externo — inerente, impalpável — e, por isso, incontrolável?

Os resultados de uma ação envolvem mais do que vontade, atitude e planejamento; incluem fatores como acaso, congruência, timing, disposição e vontade de outras pessoas, além de inúmeras circunstâncias.

Ao tirar a pretensão de cena, por exemplo:

  • Você deixa de calcular milimetricamente o que vai dizer, esperando uma resposta específica do outro;

  • Passa a fazer escolhas não apenas pelo retorno idealizado, mas porque realmente acredita nelas;

  • Estar e se portar no mundo com a intenção de ser coerente com seus próprios valores, e não com expectativas externas.

Ao se pretender menos, você consegue se atentar à essência de cada escolha: onde nasce e está a sua intenção e como ela se conecta ao que permanece em você. Ou seja:

Você pode desenvolver aquilo que chamamos de autenticidade, pois frequentemente é no “despropósito” aparente que se revela aquilo que é verdadeiramente seu.

Basta pensar, por exemplo, em como as coisas que você escolhe fazer no seu tempo livre refletem aquilo que você realmente valoriza e prioriza.

E isso importa porque vivemos em uma era de exposição constante — o que nos tornou mais teatrais, ensaiados e performáticos, sempre moldando o que pensamos e compartilhamos para uma plateia, seja lá o que ela represente.

Claro, somos seres sociais. Parte do nosso bem-estar e da nossa sobrevivência depende de perceber e ajustar-nos ao que é bom para a comunidade. Não há problema nisso.

Mas, dentro do que é biologicamente, psicologicamente e socialmente aceitável, podemos — vez ou outra — escolher nossas intenções sem tanta pretensão, vivendo de um jeito mais nosso.

Porque é isso que nos leva ao que é verdadeiramente significativo para a própria existência.

Não dá para traçar um caminho autêntico vivendo à mercê das reações a cada pequena ação, pois essas reações jamais serão previsíveis.

O caminho é sempre uma CONSTRUÇÃO, que envolve sua intenção, disposição, habilidade, experiência e discernimento, mas também o acaso, o imprevisto e o fator outro, que será, em certa medida, uma incógnita.

E é justamente por isso que, muitas vezes, a pretensão trava a ação. Quantos jovens não conseguem se manter em nenhum cargo hoje em dia?

  • Antes da intenção — se tornar bom em algo, descobrir interesses ou entender que certas paixões só nascem com o tempo — trazem a pretensão de ganhar rios de dinheiro, ser famosas e reconhecidas.

Ou seja: antes mesmo de ter algo real para oferecer, dispõem-se a agir se o retorno for exatamente o idealizado.

Este é o problema: muita pretensão antes de boa intenção.

Pretender antes de construir gera inércia, pois se apoia em algo não palpável: o futuro — uma equação com infinitos fatores imprevisíveis.

A intenção, ao contrário, é algo que você pode conhecer e dominar. Ela é SUA. É verdadeira, palpável e constitui o que é essencial em você.

A pretensão, por depender do que não controla, faz você viver de forma teatral, ensaiada e posada.

  • Esse modo de viver é pouco autêntico, sempre apoiado no que não será estável: o futuro, o acaso, o “e se”, o outro com suas visões e reações.

Talvez ser menos pretensioso e mais INTENCIONAL é o que você precisa para sair do lugar e se tornar melhor.

Pensar mais nas suas razões, crenças e disposição real para agir, pois isso constitui uma base estável. A intenção é autêntica; a pretensão, nem sempre.

No fim, um caminho autêntico é o único capaz de satisfazer verdadeiramente os propósitos do Ser.

DESAFIO DO DIA

64,95% de todos os votantes (97 pessoas) na enquete da edição anterior (09/12) disseram ter conseguido anotar quais são aquelas falhas, tropeços ou ciladas que sabem que os tentarão ao longo do dia e que se comprometerão a lutar para superar. Abaixo, alguns comentários:

💰 “Gastar dinheiro com coisas bobas que me distanciam do meu sonho real, como morar fora. Fico colocando a culpa na rotina que não deixa, mas a verdade é que é possível, com abdicação de disciplina. Hoje, acordei pensando que não devo passar a vida toda sem pelo menos ter tentado, com aquele sentimento de ‘e se?’

📝 “Consegui fazer isso e ainda fiz um breve relato da minha rotina, realmente analisando onde falhava e quais os pontos em que posso melhorar para me beneficiar.
⏳ “Sou uma procrastinadora incansável no quesito relacionamento virtual — e isso muitas vezes me distancia das pessoas que gosto e impacta até mesmo no meu trabalho. Sou daquelas que vê a mensagem e pensa: "Ah, eu posso responder depois". E nesse depois, o que era apenas uma conversa para responder, se tornam 4638264 mensagens pendentes e pessoas queridas esperando um retorno. Preciso encarar que, apesar de não gostar (para não dizer detestar), parte da vida hoje acontece no digital. E quanto menos eu lutar contra isso em alguns aspectos, melhor. Por isso, tenho adotado a regra dos dois minutos para evitar a procrastinação e ansiedade com o acúmulo de pequenas pendências.

E sobre o desafio da última edição: você conseguiu escolher um aspecto da sua vida perguntar-se com honestidade: eu quero isso porque faz sentido para mim ou porque aprendi que devia querer?

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Vamos ao desafio de hoje…

tradução: “não espere nada, aprecie tudo.”

O desafio de hoje é tirar um tempo para fazer alguma atividade apenas por fazer, porque gosta de fazê-la, sem pretensão alguma com isso.

Por vezes, no despropósito, você pode encontrar o que é muito seu.

FILOSOFANDO

A única saída é através.

Robert Frost

Aquilo que evitamos — uma conversa difícil, luto, mudança, medo antigo — não desaparece só porque fingimos que não está lá. Pelo contrário: cresce, pesa e toma forma dentro de nós.

Passar “por cima” ou “por fora” pode parecer eficiente, mas só prolonga o inevitável. Apenas atravessando e encarando o que dói, a dor deixa de ter poder sobre nós.

E há algo libertador nessa ideia. Quando você enfrenta o que teme, o medo muda de lugar: deixa de ser obstáculo e vira fronteira ultrapassada.

No fundo, todo processo de crescimento é isso: caminhar pelo que machuca para encontrar uma parte sua que você desconhecia. Não é confortável, mas é real — e, na vida adulta, o real costuma valer mais do que o confortável.

@Gabi

DESABAFO

Tenho 37 anos e sempre me relaciono com pessoas que estão passando por um "momento frágil" na vida — e eu chego para ajudar com certas dificuldades. Sou advogada e não sei se isso influenciou em cada situação. Meu questionamento é: há possibilidade de esse ser um perfil meu? Atrair pessoas com problemas para que eu possa ajudar? Ou simplesmente é a vida que me coloca essas pessoas para eu ser um ponto de luz no fim do túnel para elas?

Você não atrai pessoas com problemas porque “é luz”; você atrai porque aceita essa dinâmica — e, muitas vezes sem perceber, ocupa o papel de “salvadora” nas relações.

Isso não tem a ver com profissão, mas com padrão. Advogada, psicóloga, médica, professora... qualquer pessoa que, desde cedo, aprendeu a ser competente, forte e resolutiva tende a repetir isso afetivamente: relacionamentos em que você vira suporte, muleta, guia emocional.

  • Você ajuda, acolhe, resolve e organiza.

  • O outro “precisa” — e você sente que tem valor quando é útil.

A questão é: isso te alimenta… ou te esgota? Porque ajudar é bom, mas ser sempre quem ajuda — e nunca quem recebe — desgasta, desequilibra e coloca você em vínculos em que é sempre o porto seguro.

Sim, isso pode ser um perfil seu. Não no sentido místico de “atração energética”, mas no sentido psicológico de tolerância: você suporta dinâmicas que pessoas com limites mais firmes não tolerariam. No fim, acaba se tornando responsável por alguém que deveria ser responsável por si mesmo.

E aqui vai uma provocação importante: às vezes, ser “luz no fim do túnel” é só uma forma bonita de dizer que você deixa todo mundo te encontrar quando está no escuro — e ninguém te encontra quando você precisa.

  • Quem será luz para você?

  • Quem é você quando não está cuidando de ninguém?

  • E por que essa versão quase nunca aparece em suas relações?

Quando você responder isso, o padrão começará a se quebrar.

@Gabi

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LAST BUT NOT LEAST

O processo que hoje te pesa, amanhã pode ser sua maior recompensa.

OPNIÃO DO LEITOR

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RODAPÉ

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