é o amor?

15/07/2025

é o amor?

o princípio da nossa existência é o amor. afinal, o que nessa vida se faz que não seja para ser um pouco mais amado?

NA GAVETA
  1. Eu adoro livros de suspense. Este foi o último que eu li — e amei!

  2. Você tem duas escolhas.

  3. Que vibe incrível transmite este vídeo.

  4. Tem preguiça de cozinhar? Talvez essa receita prática te anime.

  5. Como não amar os anos 80? 🎶

POV

tradução: “feito de amor e feito para amar.”

O princípio fundamental da existência humana é o amor — mas há ideias diferentes sobre isso.

No século XVII, Thomas Hobbes, por exemplo, viveu em um contexto de guerra e concluiu o seguinte: a primeira lei natural humana é o medo de morrer de morte violenta.

  • Esse medo é o que nos dá a possibilidade de matar. Afinal, somos potenciais assassinos porque somos potenciais vítimas — e essa ideia teve grande influência em toda a cultura contemporânea.

Já percebeu como, em várias situações da nossa vida, machucamos para não sermos machucados? Diminuímos alguém antes que façam o mesmo conosco?

O resultado desse medo é uma mentalidade individualista, que dificulta bastante a articulação do bem comum. E veja bem um paradoxo nessa história:

Dificilmente, sem o bem comum, haverá o bem individual.

O motivo? Algo que é, em certa medida, incoerente com o que Hobbes postulou, é que somos seres racionais e sociais.

Sem visar o bem de todas as partes em uma relação, dificilmente essa relação dará bons frutos. Se meu irmão, meu amigo, minha esposa, meu marido ou meus filhos não estão bem, de que modo eu ficaria?

Para vivermos bem, precisamos viver bem uns com os outros — e isso não parece cada vez mais difícil? Em diversos sentidos e contextos.

Relatos de solidão, tristeza e desorientação estão se tornando cada vez menos difíceis de encontrar. Será que essas coisas têm relação? A influência de filosofias como a de Hobbes pode ter moldado essas inclinações na cultura atual?

Não são poucos os desabafos que recebemos aqui sobre solidão, frustração e indecisão.

Mas a boa notícia é que existem outras filosofias que podem reacender chamas de esperança no coração.

Antes de Hobbes, veio Aristóteles, filósofo clássico, que pensava os vínculos humanos de uma forma que talvez nos seja útil resgatar e cultivar:

Na visão aristotélica, a amizade verdadeira — na qual as partes genuinamente se preocupam umas com as outras — é uma condição fundamental para a felicidade humana.

No contexto de Aristóteles, a política era uma prática entre “amigos” visando o bem comum.

Não é difícil perceber que, talvez, essa ideia de se dar bem com os outros faça mais sentido para o ser humano do que a "guerra de todos contra todos", na qual se mata para evitar o risco de ser morto — o que, por sua vez, favorece o individualismo e, consequentemente, a solidão.

Talvez o ser humano não tenha sido feito para viver de forma antissocial e egoísta. Mas, por acreditarmos por muito tempo que somos potenciais vítimas — e, por isso, potenciais assassinos —, acabamos destruindo aquilo que nos é fundamental para viver bem: a convivência saudável com o outro.

Eu sei que pode ser muito difícil chegar até alguém e dizer, SIMPLESMENTE: “Me desculpe por isso, isso e aquilo que fiz ou falei hoje. Eu sei que foi ruim e me arrependi. Não quero manter esse clima ruim entre nós.”

Eu sei também que pode ser muito difícil abrir mão do seu tempo, de ficar olhando o Instagram durante o almoço, ou ter que sair um pouco da rotina para conversar com um colega ou marcar um encontro com um amigo.

Mas talvez isso seja simplesmente melhor do que cavar um buraco para viver a maior parte do tempo sozinho. Melhor do que se render ao orgulho ou ao conforto de lidar apenas consigo mesmo.

Por mais que estejamos acostumados a viver individualmente, até que ponto isso é realmente saudável?

Talvez seja preciso aprender que, sendo os seres humanos imperfeitos, preguiçosos, orgulhosos, complexos e machucados, nenhuma relação será perfeita — nenhuma será 100%.

Mas pode chegar muito perto disso se aprendermos a manejar nossa paciência e maturidade para conviver também com os defeitos do outro, não nos apegarmos a mínimos detalhes que são ruins e transformá-los em grandes empecilhos para manter alguém do nosso lado ou cuidar dos nossos vínculos com essas pessoas, que também terão que lidar com as nossas rachaduras, nossas imperfeições. Dá para chegar aos 80% ou 90%, sim.

A lei fundamental do ser humano, na verdade, não é a guerra de todos contra todos. Afinal, nem na guerra é assim: existem soldados que lutam juntos por um mesmo exército.

A verdadeira lei fundamental da existência humana é o amor. Ele é o princípio e o fim de todo pensamento, aspiração e comportamento humano.

Amar exige uma coisa: sair de si. Olhar para além do próprio umbigo. Sacrificar um pouco, por um bem maior. Com um olhar atento, é possível reconhecer convites para isso a cada dia, a cada momento.

No final, o que dá mais sentido à vida além de ser um pouco mais amado — ou poder amar um pouco mais?

Ninguém vive bem sozinho — não por muito tempo. Sendo assim, será que não dá para tentar abraçar quem está ao seu lado?

DESAFIO DO DIA

Quase 84% dos que votaram (253 pessoas) na enquete da edição anterior (10/07) disseram ter conseguido realizar algo que ninguém poderia fazer por eles. Abaixo, alguns comentários:

❤️ “Com a reflexão em torno deste questionamento, tive a percepção de que ninguém amará meus pais por mim, ninguém criará relações por mim, e assim por diante. Com isso, passo a pôr mais em prática o amor, a compaixão, e menos a arrogância e vaidade. No dia a dia, vai ficando mais fácil se acostumar com nossos relacionamentos.

💼 Me mudei recentemente para uma cidade no interior porque aceitei uma transferência para a matriz da empresa que trabalho. Arrastei minha família comigo... e me culpo por ter aceitado e modificado toda a vida deles também. Estou odiando cada dia aqui: a cidade, a nova casa e sobretudo o ambiente hostil no trabalho... Mas, lendo a última edição e a atual de rising, me peguei refletindo forçadamente sobre eu ter a rédea da situação e, logo, só eu posso mudar a forma como estou vendo e vivendo esse momento aqui. Quem eu amo está aqui comigo! E esse amor deles é o que preciso para começar a enfrentar todo o resto e fazer valer a pena a nova vida, a nova casa e até a forma como vejo as pessoas no trabalho a partir de hoje. Thanks, rising!”

🏡 “Fui até o cartório assinar o documento do aluguel do meu novo lar. Numa cidade pequena, no meu horário de almoço, demorando o que normalmente demora. Saí de lá com o documento em mãos felizona que conquistei mais uma coisinha.

E sobre o desafio da última edição: Você conseguiu enviar uma mensagem para uma pessoa que sempre te fez bem, só para lembrá-la que você valoriza essa presença?

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

Vamos para o desafio de hoje…

tradução: “somos todos capazes de amar e ser amados.”

Tente — se esforce mesmo — para encontrar alguém que não vê há muito tempo, destruir o orgulho que te impede de se aproximar de novo de alguém e, principalmente, eliminar aos poucos a ânsia de querer machucar antes de ser machucado.

Todas essas armadilhas fazem de você uma vítima de si mesmo.

Você não precisa se prender àqueles que te machucaram. Afinal, você pode fazer seu coração brilhar de novo ao se abrir para novas pessoas que te farão bem ou, simplesmente, mudar sua postura em relação àquelas que já conhece, mas pode manter mais próximas de você.

TIP OF THE DAY

🎶 “Ninguém é de ferro…” 🎶

…mas seu sistema imunológico pode ser mais resistente, sim.

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1 shot, muitos benefícios. 🍊

FILOSOFANDO

Não é a impermanência que nos faz sofrer; o que nos faz sofrer é querer que as coisas sejam permanentes quando não são.

Thich Nhat Hanh

Sabemos que tudo muda, mas insistimos em nos apegar como se não soubéssemos. Acho curioso como acabamos sofrendo por coisas tão óbvias e inerentes à vida humana, quase como se não aceitássemos o que simplesmente é. A mudança e o fim são duas dessas coisas.

A verdade é que não sofremos porque as coisas mudam; sofremos porque queríamos que elas não mudassem. Faz sentido? Como se o amor, a estabilidade, o corpo jovem ou o reconhecimento tivessem o dever de durar. Mas não têm.

Tudo, absolutamente tudo, é transitório — inclusive a dor.

A impermanência não é nossa inimiga. Ela é o que possibilita novos começos, respiros e recomeços.

  • É porque o inverno acaba que a primavera tem chance de chegar.

  • É porque algumas pessoas vão embora que outras podem entrar.

  • É porque a gente muda que a gente também evolui.

Entender isso pode ser libertador.

@Gabi

DESABAFO

Ando reflexiva sobre a minha busca DESESPERADA por estar em um relacionamento. Estou solteira há 9 anos desde que me divorciei de um casamento abusivo e saí de casa com um bebê de 6 meses. Desde então, tive experiências incríveis, cresci profissionalmente, estou criando um ser humano maravilhoso e vivo um dos melhores momentos da minha vida. Mas meu grupo de amigos — com quatro casais e eu sendo a única solteira —, além das cobranças de que só se é completo, pleno e feliz ao encontrar o seu par perfeito, me fazem questionar todos os dias: o que está quebrado em mim? Por que ninguém quer se relacionar comigo? Mas o mais louco é que eu nem quero estar em um relacionamento.

Há pessoas que acham que solidão é um vazio — mas solidão também pode ser espaço. Espaço para se ouvir, se escolher e não se contentar com qualquer coisa.

E você tem ocupado esse espaço com coragem há 9 anos: criando, vivendo e se reconstruindo. Isso não é pouco — isso é imenso.

O que parece “quebrado” em você não é você. É o roteiro pronto que coloca o amor romântico como ponto final de uma história que você está só começando a escrever.

Você não está quebrada, mas inteira demais para caber no que esperavam de você. O seu caminho é só seu — e a última frase do seu desabafo define tudo: se você está bem assim, pronto.

Mas olha que curioso: você mesma disse que nem quer estar num relacionamento agora, mas começou o desabafo falando que está em uma busca DESESPERADA. Por que esse incômodo persiste? Isso é seu ou do outro?

Você não precisa se consertar. Só precisa continuar se respeitando. Talvez o que falte não seja alguém, mas o silêncio das pressões externas, para que você possa escutar a si mesma com mais clareza.

Trabalho em um lugar com muitas famílias envolvidas, pouco reconhecimento e onde parece que só cresce quem "puxa" o saco de alguém. Tenho uma gestão no meu setor na qual não confio, pois há favoritismo, e outras pessoas já falaram sobre isso. Enfim, há um tempo que estou aqui e sei do meu potencial, pois eu entrego resultados e sempre fui muito proativa e elogiada. Mas a forma que vejo que levam as coisas me desanima de continuar no mesmo lugar — e tenho medo de sair daqui e não conseguir nada, mesmo sabendo do meu potencial.

Eu sei que pode ser frustrante quando você conhece seu valor, mas está em um ambiente que não reconhece isso. E o pior é que, mesmo vendo o jogo sujo, a política interna, o favoritismo… ainda nos perguntamos se o problema não é conosco. Como se o fato de enxergar já fosse uma ameaça.

Mas deixa eu te lembrar uma coisa importante: ter medo de sair não significa que você deva ficar. Só mostra que você é responsável, ponderada e consciente das suas decisões — e isso não te diminui, mas te fortalece. O medo é só o mecanismo da mente tentando te manter segura no que é conhecido.

Você mesma disse: entrega resultado, é proativa e elogiada. Mas sabe o que acontece quando passamos tempo demais num ambiente que não reconhece isso? Começamos a duvidar.

Fica o alerta: não deixe que um ambiente limitado te convença a limitar seu potencial. Há lugares onde “puxar saco” é visto como diferencial — mas há outros onde o talento fala mais alto.

Você só vai descobrir se tiver coragem — e, sim, dá medo. Mas o que deve te guiar não é o medo de sair, e sim a certeza de que você merece estar onde é vista. E reconhecida.

@Gabi

🦋 Para enviar um desabafo, clique aqui. Queremos te ajudar em uma próxima edição :)

APRESENTADO POR THE JOBS

Você está atrasada…

E outras mentiras que contam sobre a vida profissional.

Os anos vão passando e cada vez mais cresce um julgamento silencioso de que “a vida já deveria estar resolvida” — ou, pelo menos, perto disso.

  • Carreira perfeita, relacionamento estável, patrimônio em crescimento e um plano sólido para os próximos 10 anos.

Essa sensação de atraso é uma ficção coletiva que não considera uma principal coisa: a vida real e sua imprevisibilidade, desvios e pausas.

O que nos faz bem não é ter o plano perfeito, é ser intencional com a nossa carreira — e ter a coragem de ajustar a rota quando necessário. 🫂

Se faz sentido pra você investir na sua carreira, o the jobs (nossa newsletter irmã) vai fazer uma aula ao vivo no Zoom sobre comunicação, visibilidade e posicionamento na carreira. Já é amanhã, às 20h, mas ainda dá tempo de reservar sua vaga aqui.

LAST BUT NOT LEAST

O que custa a sua alma é muito caro.

RODAPÉ

😁🫥🙁 Quão satisfeito você ficou com essa edição? Nos conte aqui.

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rising 🦋
cc: @sarinhaspov e @gabriellagoldenstein

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